UXCONFBR – Uma conferência para chamar de nossa

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Sim, nós temos UX. E agora também temos muito mais. Métricas, marketing, dados, estratégia, contexto, inovação, MVP, auto-conhecimento, prototipação e muita organização. Isso foi parte do que pode ser visto e discutido na UXCONFBR deste ano, em Porto Alegre, no último fim de semana. Alías, já dá também para afirmar que temos, finalmente, um evento nacional de UX para chamarmos de nosso. A edição deste ano mostrou a força da comunidade brasileira de UX e serviu para consolidar o evento como o ponto de encontro dos principais profissionais da área no país. E não faltou gente boa compartilhando experiências e revelando o que temos para mostrar.

Temos números. Carolina Leslie, do Saiba +, mostrou seu trabalho de mapeamento da comunidade de UX no Brasil que começou no ano passado. Ela já conseguiu extrair algumas percepções importantes, como a persistente dificuldade que ainda temos de medir e vender o trabalho de UX e o retorno por ele proporcionado. Isso só serve para mostrar o quanto ainda precisamos continuar buscando métricas de sucesso para nosso trabalho.

foto-willianPor sinal, nós temos métricas. O Willian Sertório mostrou, de forma simples e objetiva, um caminho para gostarmos mais de métricas.E aproveitou para lembrar a todos da importância das métricas para fugirmos da H.I.P.P.O. (a opinião da pessoa mais bem paga) e também das armadilhas que podem se esconder na definição das métricas que vão traduzir o sucesso ou não do seu projeto.

De qualquer forma, temos estratégia. Robson Santos trouxe uma abordagem estratégica usada por ele no seu dia a dia na PorQueNão? para desenvolver produtos digitais. Ele revelou que o aprendizado é constante no dia a dia, e que além disso, a outra única certeza que podemos ter é que trabalhar com UX é trabalhar dentro de contextos de muitas incertezas. Então, mais do que nunca, devemos buscar manter um olho no usuário e outro no contexto para entendermos sempre para quem estamos projetando.

Só que já temos contexto. Nós da equipe da Intel apresentamos uma visão sobre o desenvolvimento de softwares para objetos inteligentes e mostramos a relevância do contexto para evitar o surgimento de uma camada de problemas na vida das pessoas. Vimos também na apresentação da Juliana Franchin, da Globosat, que ao compartilhar sua experiência de projetar para um apple watch não apenas reforçou que a preocupação deve ir além da interface como mostrou como o olhar sobre o contexto através de observação e pesquisa pode influenciar decisões de negócio.

foto-chileE temos muita pesquisa, cada vez mais. Foram muitas as histórias de pesquisas compartilhadas e a discussão em torno de métodos e prática atravessou quase todas as apresentações e workshops. Isso foi importante para reforçar algo que talvez não fosse nem necessário: pesquisar é a melhor forma de colher informação, especialmente, os motivos que estão por trás de números. E não tem fórmula certa ou mágica para isso. E todo mundo pode dar seu jeito para fazer.

Aliás, talvez a maior mensagem tenha sido que temos espaço para todo mundo. E quanto mais, melhor. UX + Marketing, UX + Vídeo, UX + Agile, UX + Startups, UX + Antropologia, UX + psicologia etc. Foi muito bom ver as interseções e as experimentações. E foi realmente demais ver gente de fora do Brasil prestigiando e participando do evento. Receber o Eduardo Aguayo e o Rodrigo Vera, responsáveis pela organização do ISA 2016 em Santiago, no Chile, falando sobre a comunidade chilena de UX mostrou a importância que um evento como a UXCONFBR pode ter para nos conectar com outras comunidades mundo afora.

No fim, o que vimos foi que temos, a partir de agora, e graças à dedicação e ao esforço de uma equipe muito competente e cordial, liderada pelo Pedro Belleza e Thiago Esser – impecáveis mestres de cerimônia, por sinal – uma conferência de primeira linha, e nela, uma enorme oportunidade de fazermos muito por nós e pelos rumos do trabalho de UX no Brasil. Agora temos sim um enorme orgulho disso. E temos também uma baita vontade de continuar crescendo.

pedro-thiago

Valeu demais! E até o ano que vem. 😉

 

Marco Civil: o primeiro grande passo de muitos necessários

O Marco Civil da Internet, que entrou em vigor no último dia 23, regula questões gerais e fundamentais sobre os princípios de uso da rede no Brasil. Os principais pontos tratam da neutralidade, que significa a entrega de todas as informações da mesma forma, de acordo com o serviço de velocidade contratado; da privacidade, com o sigilo das informações pessoais e do fluxo de comunicação; e da liberdade de expressão, com a remoção de conteúdo da rede apenas com ordem judicial.

A lei é um primeiro importante passo para a regulação do uso da Internet no país, mas ainda há muito trabalho a ser feito. Em todos os aspectos, há questões a serem regulamentadas por decreto e esse trabalho precisa avançar.  A definição desses pontos do projeto é que vai garantir que os propósitos da lei de definir direitos e deveres na Internet para a sociedade brasileira serão atingidos. São assuntos que em alguns casos estão sendo tratados como exceções, como a questão dos requisitos técnicos que permitem a discriminação ou degradação do serviço de tráfego de dados, mas que são importantes para interpretações mais justas da lei. E sem isso, por enquanto, o que veremos ainda serão muitas situações de debates e disputas jurídicas.

De qualquer forma, o primeiro grande passo foi dado. Mas não pode parar aí.

Usando a segunda tela para enriquecer o trabalho jornalístico

Imagem da ferramenta Corneteiro Digital, do site da Veja

A ferramenta Corneteiro Digital do site da Veja

Já é um hábito comum entre as pessoas que estão assistindo a uma partida de futebol na TV estar ao mesmo tempo nas redes sociais fazendo comentários sobre a partida, sobre a atuação dos jogadores e tudo que diz respeito ao evento. Esse hábito conhecido pela expressão “segunda tela” virou também uma oportunidade para os veículos de informação se relacionarem com seus telespectadores e coletarem informações quantitativas e qualitativas para diferenciar a sua cobertura.

As TVs brasileiras ainda exploram pouco isso, talvez até por medo de potencializar a capacidade das redes sociais, sites ainda vistos até hoje como ameaça aos canais tradicionais de comunicação. Só que por outro lado, vai ficando cada vez mais claro o potencial que essas ferramentas tem para gerar informações e ajudar nas grandes coberturas jornalísticas, assim como a importância que este tipo de movimento pode ter na renovação do jornalismo e do trabalho de curadoria editorial.

Com a chegada da Copa do Mundo, começamos a notar os sites de veículos de comunicação no Brasil fazendo movimentos para buscar a aproximação com essa nova experiência de relacionamento e de consumo de informação, e tentando construir algo com significado a partir dessas informações. É o caso da Veja, que colocou no ar a ferramenta “Corneteiro Digital“, uma espécie de termômetro sobre a seleção brasileira baseado nos tweets publicados sobre os jogadores e o treinador da equipe.

A proposta vai pouco além disso, permitindo apenas algumas interação básicas interessantes, mas sem se aprofundar ou explorar a qualidade do que está sendo tweetado. Mas não deixa de ser um ótimo termômetro para medir o sentimento da torcida em relação a jogadores e à Seleção de maneira geral. A Veja usa a ferramenta Flowics Engage, da empresa argentina de mesmo nome. Essa solução já havia sido usada pelo Estadão na cobertura do Carnaval desse ano e o case está até no site da empresa.

Na mesma linha de solução, a IBM vem fazendo há algum tempo um trabalho de construção de uma plataforma que faça o que eles chamam de “Análise de Sentimento Social”. Eles experimentaram durante a Copa das Confederações, e neste terça, no jogo do Brasil contra o Panamá, fizeram um teste com uma versão atualizada que foi relatado pela Cristina de Luca em sua coluna diária na rádio CBN.

Sem dúvida, é um trabalho que com a evolução que vem tendo pode transformar a cobertura jornalística dos eventos, além de ajudar a criar um relacionamento cada vez mais próximo dos leitores/telespectadores entre si e com os veículos. Mas a principal consequência que esse movimento pode trazer é ajudar jornalistas e suas empresas a perceberem a mudança que hoje ocorre na experiência de consumo de informação, não mais unidirecional, mas sim multidirecional. O valor agora está em construir soluções que permitam diversas leituras, preferencialmente interativas, que vão gerar o enriquecimento da informação, e consequentemente do potencial de comunicação e gestão desse conteúdo pelos jornalistas e seus veículos.

Preview Remoto: uma solução para a trabalheira de se visualizar uma interface em diferentes aparelhos

Um designer da Finlândia construiu e compartilhou via GitHub uma pequena ferramenta baseada em javascript que permite que você faça um teste de comportamento de uma interface em diversos equipamentos ao mesmo tempo sem ter que entrar em um por um. No vídeo, dá pra ter uma ideia da quantidade de equipamentos possíveis de serem testados. Já tem muita coisa (e boa) lá. Claro que o ideal seria poder testar em tudo livremente. Mas acho que falta pouca coisa dentre aparelhos, sistemas e navegadores, como navegadores para PCs, para fechar um grupo bem abrangente de equipamentos.

ImagemDe qualquer forma, é uma excelente solução para se testar interfaces de uma maneira prática. E acho que quando existir a opção de seguir automaticamente a navegação, sem precisar entrar com a url toda vez que se quiser testar uma interface, estaremos próximo da situação que nós, designers e desenvolvedores, tanto precisamos para facilitar nossas vidas. Por isso mesmo, perdoamos o designer pela trilha sonora do vídeo. Basta pensar no que a solução já traz de benefício.

Tudo que você queria saber sobre UX mas tinha medo de perguntar

ImagemQuem não se fez as perguntas abaixo que atire a primeira pedra.

Porque se preocupar com UX é importante?
Qual o valor de UX?
Qual a melhor forma de tratar UX?
UX é muito novo?
UX pode ser tratado com um assunto independente?
Mas afinal, o que é UX?

O designer Stephen Anderson escreveu um post-manifesto curto e extremamente conciso mostrando que não é preciso dizer muito para responder suficientemente bem a todas as perguntas que mais afligem quem sempre quis entender o que é UX.

E aí, vamos falar de UX?

Jornais impressos: quem quer enxergar a verdade?

Li no fim de semana a entrevista com Juan Luis Cebrián, fundador do El País, tradicional jornal espanhol, “As mudanças chegam com velocidade impressionante“, que saiu no Globo, e continuo não entendendo essa visão de que as coisas estão legais para os jornais por aqui. Sinceramente, qual a dificuldade que as pessoas, que por acaso são jornalistas, tem de ver os fatos?

Eles parecem preferir viver de ilusão. Uma pena. Líderes equivocados. A chance, se é que existiu, já passou. Agora é ver o que a tsunami vai deixar em pé por lá. E depois por aqui, porque já chegou aqui também. Os jornais brasileiros usam números de jornais “não qualificados”, como gostam de classificar, para justificar o investimento em produtos “qualificados” que não tem mais o que dar de resposta. Tudo errado.

E se os espanhóis vierem para o Brasil mesmo, não conseguirão nada. Aqui também há uma crise profunda em marcha. Ou eles acham que o fato de não termos mais concorrência no Rio, por exemplo, é algo normal? É a maior prova de que não há mais um mercado em potencial, já que não há competição. Os jornais seguem fechando por aqui, mas ninguém prefere enxergar isso, né?!

E outra coisa: desde quando os jornais vivem de circulação? O problema é ainda mais visível quando olhamos a receita publicitária, em queda há anos.

O negócio jornal impresso aqui está com seus dias contados. Portanto, por favor, não venham para cá trazer seus negócios falidos.

Usuários x Consumidores

Há dois dias atrás, Jack Dorsey, presidente e fundador do Twitter, publicou um texto em seu Tumblr argumentando e conclamando as pessoas a pararem de adotar o termo usuário. Ele argumenta que usuário é um termo que traz uma carga gigantesca de abstracionismo, e que acaba ficando distante dos problemas e das necessidades reais das pessoas. E por isso, ele propõe que passemos a adotar o termo consumidor, que segundo a visão dele, define melhor o nível do serviço que ele, como dono de um serviço, deve prestar às pessoas sob o risco de perder sua atenção.

Ontem, Jesse James Garrett publicou no site da Adaptive Path uma resposta à conclamação, defendendo enfaticamente que Dorsey está completamente equivocado em sua afirmação. Ele argumenta que o significado de usuário está relacionado diretamente ao conceito de experiência de uso de um produto ou serviço e a todas as percepções, sentimentos, reações de uma pessoa a partir do uso de um produto. É essa noção de usuário que aproxima um negócio das pessoas as quais você pretende servir, segundo James, e é ela que te leva ao engajamento. Elevar o valor do usuário, mudando os produtos e serviços do foco nas transações para o engajamento pelo uso, transforma a sua visão de valor em relação ao mundo.

Acho que ele está coberto de razão no seu discurso. Para mim, usuário é um termo mais abrangente e por conta disso, é o que te traz para mais próximo das pessoas. Sem dúvida, é o conceito que te ajuda a enxergar a todos de uma forma menos pré-definida e mais humana, com virtudes, defeitos, diferenças e semelhanças. E  que nos permite identificar necessidades reais e problemas reais, que serão atendidos através de produtos e serviços, em muitos casos, revelando novas formas de consumo e novas oportunidades de negócio.

Acho que em seu texto-depoimento-resposta, Jesse James traz não só uma visão mais humanista, mas, sem dúvida, mais poderosa, principalmente por reforçar de forma contundente a essência do que representa a experiência de uso.

E como ele lembrou bem, o uso é uma característica que define a própria raça humana, apesar de já não ser exclusividade nossa.

 

Novos tablets, um novo sistema operacional e alguns aspectos importantes de UX

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Na próxima semana, Apple e Microsoft apresentarão novidades que prometem não só mexer com o mercado dos tablets e desktops, mas também gerar muita discussão sobre experiências de uso e desenvolvimento de produtos. A primeira delas vai ser o lançamento do novo iPad. A Apple anunciou essa semana que no dia 23 apresenta o iPad versão mini (7″). É um movimento da empresa buscando manter sua posição atual de líder do mercado mesmo diante dos recentes e fortes competidores como o novo Kindle Fire HD, o Galaxy 7″, da Samsung, e o Nexus 7″, da Google. Ainda na próxima semana, só que no dia 26, teremos o início da comercialização do Surface, o tablet da Microsoft. Os preços foram anunciados nessa semana:

U$ 499,00 – 32GB (sem o teclado físico)
U$ 599,00 – 32GB (com o teclado físico)
U$ 699,00 – 64GB (com o teclado físico)

Para efeito de comparação, um iPad 16GB custa U$ 499,00 hoje. Existe uma diferença na relação preço x capacidade do equipamento, que a princípio parece ter alguma relevância, mas tem quem acredite que melhor seria se o preço inicial fosse para o tablet com o teclado. De qualquer maneira, essa relação não é a única questão da estratégia de lançamento da Microsoft. Os tablets que sairão agora no dia 26 das lojas virão com a versão Windows RT, que é uma nova versão do sistema direcionada para os computadores e tablets com processadores ARM, vão trazer o pacote Office 2013 já instalado, mas não trarão as features do Windows Enterprise. Por conta disso, a Microsoft conseguiu fazer uma versão do tablet com maior durabilidade da bateria e mais leve do que os tablets com o Windows 8, e alguns especialistas entendem que dessa maneira, a Microsoft se posiciona para dividir o domínio do mercado. Os vídeos de pré-lançamento dão uma ideia das potencialidades do tablet. A ideia da capa teclado parece sugerir que o produto é uma espécie de elo perdido entre os notebooks e os tablets, e desperta, além de muita curiosidade, uma série de dúvidas, em especial, sobre a sua experiência de uso.

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O projeto do novo Windows é baseado em uma linguagem visual chamada Metro, que foi desenvolvida dentro da própria Microsoft, vem com a promessa de oferecer uma experiência de uso melhor e mais fluida que seus concorrentes. Ele traz alguns conceitos interessantes como o de que a interface é o próprio conteúdo, sem a necessidade de elementos de controles, como botões, menus etc, que acabam, segundo a equipe que desenvolveu o projeto, exercendo um papel de intermediar o acesso dos usuários ao conteúdo. Na Metro, a proposta é explorar a navegação intuitiva, oferecendo um acesso direto pelo conteúdo, e tendo como elementos que reforçam a compreensão do sistema, caracaterísticas visuais marcantes como cores vibrantes e o trabalho tipográfico, além de uma estrtura de organização e hierarquização baseada em um grid bem definido e muito claro. É uma proposta que nos remete aos tempos do design onde a forma era definida a partir da função. Tempos da Bauhaus, primeira escola de design do mundo, fundada na alemanha em 1919 por Walter Gropius para unir conceitos de artes, artesanato, arquitetura e design numa proposta acadêmica. Sob o aspecto da experiência de uso, é uma proposta que parece fazer sentido, mas que não escapa de algumas questões polêmicas.

A especialista em usabilidade do Nielsen Norman Group, Raluca Budiu, em entrevista ao blog de tecnologia LaptopMag, sinalizou em uma avaliação preliminar, que o sistema promete mais dificuldade para a vida dos usuários de PC. Segundo ela, há uma sobrecarga na ação do usuário para ativar novos aplicativos/softwares com a mudança de contexto obrigatória, por obrigar o usuário a voltar a tela inicial para ativar um novo aplicativo, como acontece nos sistemas operacionais de tablets e smartphones, onde isso faz sentido. Ela critíca a dificuldade de se saber quais aplicativos estão rodando, uma vez que o desktop é tratado também como um app e, dessa forma, não há essa informação, a não ser no próprio desktop, o que impõe ao usuário necessidade de registrar em sua memória, podendo lhe causar um desconforto e irritação. Além disso, Raluca aponta que a falta de visibilidade das opções de navegação, que além de ficarem nos menus escondidos nos cantos da tela, levam um tempo para carregar quando o usuário passa o mouse, e que mesmo sendo cerca de meio-segundo, causa uma diminuição na velocidade de ação dos usuários e na fluidez de uso do sistema.

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De qualquer forma, são apostas altas que a empresa escolheu, e a partir da semana que vem, começaremos a ver o resultado. O fato é que existe uma curva de aprendizado para os usuários, que não é pequena, porque o Windows 8 traz conceitos da experiência mobile (tablets e smartphones) para o contexto desktop, como ressalta Raluca. E isso tem um custo e está claro, assim como o fato de que a Microsoft realmente acredita que vai valer muito a pena. O que se espera é que isso não seja apenas uma questão de fé.

Uma nova proposta de app com foco na experiência de consumir notícias em plataformas móveis

Foi lançado hoje o Circa. É um novo app, apenas para iOS, com uma proposta de uma experiência de ler notícias mais adequada às plataformas móveis.

A interface e a experiência parecem realmente bem resolvidas, mas resta ver qual vai ser esse fôlego para editar o material a ponto de fazer as pessoas passarem a consumir o conteúdo através do app.

Quem quiser experimentar o app já está disponível na App Store. E quem quiser saber mais, pode ler a matéria no TechCrunch sobre o lançamento do app.

Pesquisa: O futuro é mobile. As pessoas e o conteúdo já estão lá, mas ainda falta a receita

Uma apresentação feita pela Business Insider sobre a Internet e o estado atual dos negócios no mundo online mostra números interessantes que apontam para um caminho multiplataforma. Somos atualmente mais de 2 bilhões de pessoas online (em um universo de mais de 7 bilhões de pessoas na Terra) e o acesso tem crescido muito por conta do aumento da venda e do uso de dispositivos móveis. Os números da apresentação retratam basicamente o mercado americano, mas dão uma boa ideia de para onde as coisas estão caminhando. E por todos os indicadores, é possível ver que o consumo mobile de conteúdo e serviços tem crescido significativamente e que a busca agora é por um modelo publicitário que dê vazão a esse crescimento de interesse. Vejam alguns números abaixo em destaque, mas não deixem de conferir todos os detalhes da apresentação que, apesar de grande, é apenas um resumo de toda a pesquisa.

12% do tráfego da web já é mobile. Mas ainda há muita dificuldade de rentabilizar. Os jogos ainda são a grande fonte de renda no mundo mobile.

De qualquer forma, na web (mobile ou não), o Google ainda mantém um amplo domínio comercial.

Receita de publicidade online prestes a igualar a TV (38% x 42%). Há 5 anos atrás era praticamente a metade.
Nos últimos 5 anos, a receita de publicidade cresceu (pouco), e o impresso vem sendo esmagado, tendo perdido mais de 50% da sua participação no bolo.
A receita do impresso caiu drasticamente. E a da TV parece ser a próxima, apesar de alguns acharem que não.
O Facebook e, principalmente, o Google seguem esmagando os portais tradicionais (Yahoo, Aol etc). Mas novos players começam a se fazer relevantes (YouTube, Twitter, Hulu etc).
Video sob-demanda (Netflix, Hulu, Youtube etc) crescendo fortemente. “Pure-players” de e-commerce também seguem crescendo forte.

Uso mobile em tempo: Game (24 min) + Social (24) + News (12) + Diversão (10) + Outros (7)
Uso mobile por função: SMS (70%), uso de Apps baixados (50%), Navegação (50%), Redes Sociais e blogs (40%), Jogos (40%), Música (30%)

Dentre os apps, o uso dos nativos prevalece com ampla vantagem. E o modelo vencedor é o fremium (89%).

Sistema operacional: Android x Apple, basicamente, na relação 3 para 1
Apple ainda mantém ampla dominância de receita com apps.
Hardware: Apple x Samsung, basicamente, na relação 2 para 1. Mas Samsung crescendo e Apple caíndo.

http://www.businessinsider.com/state-of-internet-slides-2012-10?op=1
Obs: dados EUA